quinta-feira, 9 de junho de 2016

Um escriba diante da magia das letras e da arte em Goiás.

Antes de me embrenhar pelo mundo das letras tive dúvidas se algum dia chegaria a ser um escritor renomado por mais que me esforçasse, pois sabia e sei que escrever bem é uma arte, um dom que nasce com a pessoa, tem que ter inspiração, talento natural. Quando me sinto inquieto me dá uma vontade danada de escrever e essa vontade toma-me o coração e aí não resisto. Ainda me considero um simples escriba, mas a vontade de vencer os obstáculos impostos pela escrita me faz quebrar o estado de absoluto repouso da região recôndita de meu cérebro que armazena um amontoado de letras e essa insistência e gosto pela leitura, faz também aumentar a minha ansiedade e chego a propor a mim mesmo o meu aperfeiçoamento para um trabalho de melhor qualidade. Quando começo a escrever tento de forma grácil e homogênea, liberar os feixes de pensamentos que disciplinadamente saem do meu cérebro, auxiliado pelo velho dicionário que há tempos debruço-o ao meu lado. Chego a ser fantasioso e faço do meu recanto um ambiente místico porque tudo o que se escreve, ou deve ser escrito, além de fazer bem à alma, leva mensagens que podem despertar os leitores incautos ou não, os sentimentos aprisionados, ansiosos e os perdidos na escuridão do próprio ser, que ficam à espera de uma palavra de conforto, de uma orientação, cujo texto, seja no preâmbulo, no meio ou no final, poderá se transformar num guia para essas pessoas e que as conduzirão para os caminhos da verdade e do saber, e de certo forma, produzirão sementes que nascerão, crescerão e darão frutos, cujo resultado ficará na memória de quem escreveu e logicamente, transformará quem o ler. Escrevo para desembaraçar as ideias, ser mais um acionador do progresso e da cultura humana e quiçá, me aprimorar também, evoluir-me como escritor e de certo modo, romper a ansiedade e o isolamento que às vezes o tempo nos impõe. Mas claro é que, escrever como aos gigantes da literatura para mim é uma ilusão, pois comparando a eles me considero apenas um simples escriba.

Escrever não é uma tarefa fácil eu sei e você sabe disso tanto quanto eu. A arte de bem escrever ou qualquer outra arte, exige genialidade, aspiração, inspiração, sobretudo, raciocínio lógico, paciência, pesquisa sobre o assunto, disciplina mental, domínio pleno de algumas regras essenciais da língua portuguesa e dedicação quanto ao assunto diário a que se propõe ou ao qual se relaciona. Escrever dá trabalho e muito. Mente quem diz o contrário, ou não é propriamente um escritor! Escrever bem não é apenas usar corretamente o português e não deixar ocorrer erros ortográficos, é bem mais que isso, é ser um artista que manuseia as palavras e as ideias com a mesma destreza que um pintor que manuseia pincéis, o jogo das cores e as suas infinitas combinações. Escrever bem é não ser prolixo, é saber transmitir de forma simples as ideias confusas em consistentes, entendíveis, uma coisa complicada em simples. É construir sem pena de destruir tudo outra vez. Escrever às vezes se torna uma obsessão, uma forma de arrebatamento, uma maneira que o escritor encontra para desencadear as emoções contidas, chegando a condensar todas numa frase só.

E o escritor é pertinente às suas ideias, ideais e maluquices. Ilustra os textos com coisas reais e surreais, cria sabores, faz até exalar aromas que extrai do improvável e transmiti imagens ao associar as palavras e nesse afã, procura ser original, contorna algumas regras impostas, como se estas fossem corredores imaginários, mas, notadamente, sem as desrespeitar, mas nunca deixando de ir mais longe, mesmo sem usar as asas da imaginação, alcançar o infinito. E quando as usas descreve o mundo de uma forma sutil consegue transformar o ordinário em extraordinário e nesse ínterim, sem necessidade de se afirmar como intelectual gera empatia e faz com que todos vejam mundo de dentro para fora e depois de fora para dentro. Nesse mundo imaginário das letras quantos escritores enobreceram e enobrecem o Estado de Goiás com suas obras? Podemos citar alguns: Hugo de Carvalho Ramos, Bernardo Elis, Gilberto Mendonça Teles, Cora Coralina, Yeda Schwartz, Bariani Ortêncio e tantos outros... E aos poetas goianos então! A eles faço questão de citar uma frase de Charles Chaplin: “A beleza existe em tudo - tanto no bem como no mal. Mas somente os artistas e poetas sabem encontrá-la”. E é assim também no mundo da arte cujos trabalhos transmitem outra realidade através de esculturas, quadros, telas e aquarelas, sempre com cores fortes e traços marcantes, que retratam o cotidiano, evidenciando a natureza, temas populares e religiosos, cujos magos são muitos e aqui destaco alguns deles: Siron Franco, Antônio Poteiro, na pintura de quadros, telas e aquarelas: Marly Mendanha, Paulo Bavani, Solange Silva , Goiandira do Couto, Nazareno Confaloni, Leonice Gomes de Amorim, Erliete Monserrat de Vellasco, José Rogério de Carvalho (Kó), Di Magalhães , João Paulo Afinovicz , Jose Joaquim da Veiga Valle e mais recentes, os amigos Nonato Coelho, Ivanor Florêncio, Brenda Lee, Diomar Feitosa, Valdir Ferreira, Maria do Carmo, Ivone Vaccaro, Rosy Cardoso, Deni Vilela, Cassiano Bento, Cristiane Rezende, Esther Galvão, Papas Stefanos, Doralice Lariucci, etc. No que tange ao folclore goiano este também é muito rico em lendas, contos, danças, festas populares, folguedos e personagens folclóricos. A cultura popular em Goiás é valorizada e mantida, principalmente, através das tradições e literatura oral nas áreas interiores do Estado. Destacam-se como folcloristas o escritor Bariani Ortêncio, o músico e cantor Adalto Bento Leal, prof. Jadir Pessoa, o jornalista Walterli Guedes, Izabel Signorelli, Prof. Alvaro Catelan, Ivanor Florêncio Mendonça, Ana Cárita, Laila Santoro, Cléa Regina, Helena Vasconcelos, o médico Juarez Souza e tantos outros, que se tivesse que citar aqui todas as "feras"não caberia nesta página.

E assim caro leitor, é nessa lida diária de escriba que trago junto comigo esta paixão doentia pela escrita e pela arte de modo geral que me toma o dia e até noites, momentos que, imbuído do maior respeito, procuro divulgar e levar a quem lê e, nesse voo livre em viagem mental livre, desembaraçada e desprendida, coloco todo o meu apreço com as vivências e as apetências que os verdadeiros escritores de talento e gênio que, com suas mãos mágicas e sapientes palavras, estão me ajudando no meu aprimoramento, fazendo-me sonhar com o impossível e me ensinando a viajar pelo mundo da imaginação. VANDERLAN DOMINGOS DE SOUZA. Advogado, escritor, missionário e ambientalista. É membro da União Brasileira dos Escritores; Presidente da ONG Visão Ambiental; Diretor de Divulgação do Instituto Movimento Santuário da Arte; Membro da Academia Morrinhense de Letras; membro da academia de Letras de Inhumas, membro da Comissão Goiana de Folclore, membro da Confederação Brasileira de Letras e Artes de São Paulo. Foi agraciado com Título Honorífico de Cidadão Goianiense Email: vdelon@hotmail.com Blog: vanderlandomingos. blogspot.com Site: www.ongvisaoambiental.org.br



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Folclore é o conjunto das criações culturais de uma comunidade, baseado nas suas tradições expressas individual ou coletivamente, representativo de sua identidade social. Constituem-se fatores de identificação da manifestação folclórica: aceitação coletiva, tradicionalidade, dinamicidade, funcionalidade. Ressaltamos que entendemos folclore e cultura popular como equivalentes, em sintonia com o que preconiza a UNESCO.

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