segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Fotos do 1.º Encontro das Comissões Muncipais de Folclore.


Dias 17 e 18 de novembro os artistas goianos, principalmente aos ligados ao folclore puderam desfrutar de um momento ímpar, o 1.º Encontro das Comissões Municipais de Folclore, realizado na Vila Cultural Cora Coralina, em Goiânia, sob a batuta da Comissão Goiana de Folclore, presidida pela senhora Izabel Signorelli. Pessoas de grandes referências da cultura popular goiana, artistas, músicos, escultores, artistas do barro e da argila, cineastas, escritores e tantos outros apaixonados por esse trabalho cultural se fizeram presentes. Compareceram além desses artistas, o governador do Estado de Goiás, o qual se emocionou com as modas de viola tocada pelo jovem Arthur Noronha; o bailar das Pastorinhas de Pirenópolis, o encanto das Fiandeiras do município de Caldazinha; as exposições de artes; as mágicas do Dr. Juarez Antonio de Souza entre outros. Os participantes ficaram agradecidos com a forma em que foram recebidos e externaram carinhosos aplausos ao ícone do folclore goiano, o escritor Bariani Ortêncio, presidente de honra. Foi louvado o trabalho desenvolvido pela senhora Izabel Signorelli, presidente da Comissão Goiana de Folclore, assim como, dos professores Jadir Pessoa e Álvaro Catelan; do cantor Adalto Bento Leal que fez uma bela apresentação; do guerreiro secretário municipal de Cultura de Goiânia, Ivanor Inocêncio; e aos demais membros da Comissão Goiana de Folclore: senhoras Laila Santoro (que trabalho exaustivamente e ao final, ministrou palestra sobre Lei de Incentivo à Cultura); sra. Helena Vasconcelos, Ana Cárita, Goiana Vieira da Anunciação, e os senhores Vanderlan Domingos, Walterli Guedes.




terça-feira, 8 de novembro de 2016

1.º Encontro das Comissões Municipais de Folclore.


O folclore goiano é muito rico em lendas, contos, danças, festas populares, folguedos e personagens folclóricos. A valorização do folclore goiano vai muito além do simples chamariz de turistas, nós temos orgulho de nossa cultura que nos faz divertir, sorrir, chorar, mas, sobretudo, reforçarmos os laços que possuímos com nossas origens. 



Goiás é um estado com enorme tradição religiosa e ele recebe milhares de pessoas todos os anos que vêm de várias partes do Brasil. Fiéis que buscam reforçar seus laços religiosos participando de atos grandiosos e significativos, como é o caso da Procissão do Fogaréu na cidade de Goiás, assim como, a festa do Divino Espírito Santo, que acontece todos os anos durante um mês, começando sempre 50 dias após a Páscoa. O folclore goiano apresenta uma rica e bela mistura das culturas dos diversos povos que formaram a população brasileira (portugueses índios e negros). Aspectos religiosos (principalmente católicos), tradições populares e elementos simbólicos destas diversas culturas se fundiram a imagem e ao espírito criativo do povo goiano para compor o folclore de Goiás, e em razão disso, a Comissão Goiana de Folclore realiza nos dias 17 é que em 18 de novembro uma grande festa, reunindo na Vila Cultural Cora Coralina várias comissões de folclore do interior de Goiás.

Festa do Folclore em Goiás

Nos dias 17 e 18 de novembro, na Vila Cultural Cora Coralina, será realizado o 1.º Encontro das Comissões Municipais de Folclore com participação de várias cidades, sob a coordenação da Comissão Goiana de Folclore, presidida pela senhora Izabel Signorelli. Seja através do folclore ou não, sabemos que a arte é uma forma de o ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, jeito de vestir, harmonia, equilíbrio. A arte pode ser representada através de várias formas, em especial, na escultura, na pintura, no cinema, e principalmente, no que tange ao folclore, que é o tema do qual ora pretendo comentar. Sabemos também que há milhares de anos a arte foi se evoluindo e ocupando um importantíssimo espaço na sociedade, haja vista que algumas representações de artes são indispensáveis para muitas pessoas nos dias atuais. Esses trabalhos artísticos assim como o folclore, são capazes de nos deixar boquiabertos, sejam diante de telas, sejam através de trajes típicos, sejam através das danças e estilos musicais regionais, todos massageiam o nosso ego, trazendo pura magia e expressões surrealistas que nos deixam atônitos, encantados. Em seu artigo “O folclore avança em Goiás” o escritor Bariani Ortêncio disse: “O folclore é a sabedoria do povo. E esta sabedoria vem passando das pessoas simples que recebem dos seus ancestrais, de geração a geração, dos analfabetos até os instruídos. “E o folclore não fica só com o povo simples, sem instrução; chega à sociedade, às camadas cultas, influi e incentiva as letras e as artes”. È a mais pura verdade!

Muitas pessoas dizem não ter interesse pelo folclore ou por movimentos ligados a ele, porém o que elas não imaginam é que esta arte nada mais é que a tradição e usos populares, constituído pelos costumes e tradições transmitidos de geração em geração. Todos os municípios sejam de qualquer parte do Brasil possuem suas tradições, crenças e superstições, que se transmitem através das tradições, lendas, contos, provérbios, canções, danças, artesanato, jogos, religiosidade, brincadeiras infantis, mitos, idiomas e dialetos característicos, adivinhações, festas e outras atividades culturais que nasceram e se desenvolveram com o povo. A arte folclórica é praticada em todo o mundo, em diferentes culturas. Quando Bariani disse em seu artigo que o folclore incentiva as letras e outras artes, concordei plenamente, pois foi através dele também que me enveredei pelo mundo das letras, escrevendo crônicas, poesias e romances, sempre tendo nas entrelinhas de cada texto um pouco dessa arte milenar. É importante observar que essas coisas não se governam, elas tomam conta da gente e fazem a gente sonhar com o possível e o impossível.

Os artigos, crônicas e poesias escritas semanalmente em jornais por grandes escritores e articulistas, também é uma arte que muitas vezes nos trazem o espanto, um sentimento corriqueiro ou um acontecimento inusitado que pode abalar a sociedade em razão de sua contundência. Os escritores que escrevem no seu habitat gostam do silêncio porque ele o faz viajar no mundo da imaginação e o barulho, por menor que seja, os espantam, tiram deles a máquina imaginária que poderia trazer, no último flash, uma resposta plausível à sociedade. A Arte seja a pintura, a música, a dança, o cinema, de uma maneira geral é uma coisa imprevisível, é descoberta, é uma invenção da vida, já o folclore, vai mais além disso, pois ele é sinônimo de cultura popular e representa a identidade social de uma comunidade através de suas criações culturais, coletivas ou individuais, e é também uma parte essencial da cultura de cada nação.

A arte está em toda parte e, por mais simplórios que possamos ser, por mais embrutecidos que venhamos a ser, cada um de nós tem a noção da beleza e a arte atua em nossa vida, nas suas mais variadas formas. Todas elas são necessárias, porque é só através da arte que o homem inventa o mundo em que vive e todos nós estamos em maior ou menor grau, dependentes dela. Observem que o homem do sertão, que por si só, já é um artista por natureza, pois quando ouve o cantar dos pássaros sabe que já é época de acasalamento ou de alçar os primeiros voos ou quando se reúne em volta da fogueira para contar seus causos de saci, onça pintada, vampiros, quadrilha, festa junina, tudo é folclore, o qual nada mais é do que a reinvenção da vida através da beleza da arte.

Todos nós artistas sabemos que a arte trabalha com outros elementos que não a razão e emoção e quanto a isso devemos lembrar que o folclore não é um conhecimento cristalizado, embora se enraíze em tradições antigas, mas ele se transforma no contato entre culturas distintas, entre migrações, e hoje graças aos meios de comunicação principalmente através internet é que vemos expandir essa arte que pode ser vista ou vivida por pessoas que dizem desconhecer. Cabe a UNESCO orientar as comunidades no sentido de bem administrar sua herança folclórica, sabendo que o progresso e as mudanças que ele provoca podem tanto enriquecer uma cultura como destruí-la para sempre. A arte folclórica não quer agradar, ela não busca o agrado, ela busca um sentimento que nos tire do chão, que nos leve para um lugar onde não frequentamos em nossos dias comuns; ele nos entorta a cabeça, nos faz pensar, e às vezes, duvidar de tudo aquilo que presenciamos a olho nu. A vida, comum, não é o suficiente, deve-se procurar algo além dela, pois se ficarmos parado, mesmo que metaforicamente, é o primeiro passo rumo à morte e isso o artista não almeja. Se o artista optar apenas pela sobrevivência e não pela expressão máxima do que é o prazer pela própria vida de nada adiantará uma bela apresentação sobre um palco, ruas ou praças. E como disse Bariani Ortêncio: “Estudar o folclore é estudar o próprio povo, com tudo o que lhe diz respeito. É o exemplo, como vimos,  de tudo o que vem do passado, transmitido através das gerações”. Mais uma verdade dita pelo mestre, pois o folclore no eleva e nos transporta a um mundo surreal, e é graças a ele que nos escritores romancistas e poetas viajamos em busca do improvável e isto nos deixa encantados e fascinados pela vida.
VANDERLAN DOMINGOS DE SOUZA. Advogado, escritor, missionário e ambientalista. É membro da União Brasileira dos Escritores; Membro da Academia Morrinhense de Letras; Membro da ALCAI – Academia de Letras, Ciência e Artes de Inhumas; membro da CONBLA – Confederação Brasileira de Letras de Artes de São Paulo; Conselheiro da Comissão Goiana de Folclore. Foi agraciado com Título Honorífico de Cidadão Goianiense. Escreve todas as quartas-feiras para o Dário da Manhã. Email: vdelon@hotmail.com Blog: vanderlandomingos. blogspot.com


sexta-feira, 4 de novembro de 2016

O folclore avança em Goiàs.


O folclore avança em Goiás.
E não fica só com o povo simples, sem instrução; chega à sociedade, às camadas cultas
Por Bariani Ortêncio em  26/10/2016

Muitas pessoas ainda pensam  que folclore são apenas as folias, as catiras, as danças-de-roda e as brincadeiras das crianças de  ontem.  Acham  que folclore são as “bobaginhas” do povo antigo. Precisam saber que o folclore vai muito mais além, é a ciência do povo, que vem do povo antigo,  pois são os usos e costumes dos nossos ancestrais.  Tudo o que o  povo fala e faz tem sabedoria. Portanto folclore é a sabedoria do povo. E esta sabedoria vem passando das pessoas simples que recebem dos seus ancestrais, de geração a geração, dos analfabetos até os instruídos.

Assim que surgiu o ser humano ele teve que criar as suas condições de vida, como se alimentar, como se comunicar, como se relacionar e como se defender das intempéries e das feras, fabricar os seus utensílios domésticos e de trabalho, surgindo, daí, o artesanato. Portanto o artesanato se define como “a arte de fazer com as mãos”. Se entrar a máquina deixa de ser artesanato.

E o folclore não fica só com o povo simples, sem instrução; chega à sociedade, às camadas cultas, influi e incentiva as letras e as artes.

A Carta do Folclore Brasileiro, de 1951 define que “Constitui folclore a maneira de sentir e agir de um povo, conservada pela tradição e transmitida oralmente”.

Fato folclórico é tudo o que é interessante e sai da criatividade das pessoas simples, com tendência de permanência no seio do povo. E são 5 os fatos folclóricos: Anônimo – Oral –Tradicional – Coletivo e Funcional. Portanto o autor do fato deve ser desconhecido, transmitido oralmente, ser do conhecimento de muitas pessoas e ter funcionalidade, porque o que não  é visto não é lembrado.
O estudo do folclore nas escolas seria tão importante quanto o Português e a Matemática. Quem estuda o folclore conhece  as suas raízes e passa a se orgulhar dos seus antepassados, dos professores primários, dos artesãos e benzedeiras, parteiras, raizeiros, enfim, gente do povo.

A criança que não estuda o folclore quando se senta no banco da sala de aula junto a filhos de professores, advogados, médicos e demais profissionais liberais, vai ter vergonha de dizer que a mãe é benzedeira, parteira, e o pai raizeiro. Caso contrário teria era orgulho, principalmente em lugares desprovidos de atendimentos de saúde.

Portanto, estudar o folclore é estudar o próprio povo, com tudo o que lhe diz respeito. É o exemplo, como vimos,  de tudo o que vem do passado, transmitido através das gerações.

O Presidente da República, General Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), instituiu  a obrigação de todas as escolas públicas e particulares a comemorarem a “Semana do Folclore” (16 a 22 de agosto). Como alguns professores não dispunham de conhecimentos didáticos sobre a matéria, escrevi a “Cartilha do Folclore Brasileiro”, sendo publicada primeiramente pela Universidade Católica de Goiás, depois pela Federal  e a terceira, em nível nacional, pela Editora Thesaurus, de Brasília. A “Cartilha do Folclore Brasileiro” levantou, em 1986, o Prêmio João Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras. O Brasil todo reconhece este nosso trabalho.

Em Goiás o deputado estadual Ursulino Tavares Leão instituiu em 29 de outubro de 1968, através da Lei nº 7.152, o Mês do Folclore, a ser comemorado anualmente, durante o mês de agosto, no Estado com festejos populares, representações, aulas, palestras e cursos sobre temas folclóricos.
As escolas que se  interessarem pelo cumprimento desta Lei deverão entrar em contato com a presidente da “Comissão Goiana do Folclore”,  historiadora Izabel Signoreli, pelos telefones: 3223-0330 e 98125-5526.

Como surgiu a “Comissão Nacional do Folclore”: Quando aconteceram os lançamentos das bombas atômicas em Hiroshima e Nagazak, em agosto de 1945, a “ONU – Organização das Nações Unidas” sentiu a desumanização dos povos e criou, para a sua confraternização, a “Unesco: Organização das Nações Unidas para Educação e Cultura”. Daí a Unesco criou, em 1947, a “Comissão Nacional  do Folclore”, que é um departamento da Antropologia. “Comissão Nacional  do Folclore”, depois passou a ser nominada “Campanha da Defesa do Folclore Brasileiro”, depois, “Instituto do Folclore Brasileiro”, voltando para “Comissão Nacional do Folclore”. E a nossa Comissão surgiu no ano de 1948, sendo o seu primeiro presidente o então secretário da Educação, o Professor Colemar Natal e Silva, Cônego Trindade, Regina Lacerda, Maria Augusta Callado, Álvaro Catelan, por mim, por Fátima Paraguassú e, atualmente, pela professora-historiadora Izabel Signoreli. 

Os estudiosos estão levando o incentivo do folclore aos lugares onde se dão, onde persistem as antiguidades populares.  Pioneira, a “Comissão Goiana de Folclore” já conta com 23 comissões municipais. Nesta terça-feira, dia 18, estiveram reunidos aqui no nosso Instituto, que é também sede da CGF, os (as) presidentes das comissões municipais e seus assessores para tratar de um evento que durará dois dias com os potenciais de todas as comissões, trazendo os componentes dos grupos folclóricos das suas regiões. Vai ser um festão da cultura popular goiana!

Estiveram presentes, além dos membros da Comissão Goiana de Folclore, Izabel Signorelli, Jadir de Morais Pessoa, Álvaro Catelan, Ivanôr Florêncio, Laila Santoro, Ana Cárita, Helena Vasconcelos, Vanderlan Domingos e eu. Do interior: Luiz Paulo (Alexânia); Teresa Cristina e Maria Noêmia (Pirenópolis); Rose Louzada e Iraci Vieira (Damolândia); Creusa Arrais, Silvana Amaral, Marcelo Fecunde e
Ângelo Aparecido (Itaberaí); Nazareth de Freitas (Santo Antônio de Goiás); Max Rogério (Guapó); Nelli Gáspio (Monte Alegre de Goiás); Esther Profeta (Palmeiras de Goiás); Cleumar de Oliveira (Inhumas); Zelão & Ray (cantadores de Inhumas)
Macktub! (Está escrito)

(Bariani Ortencio. barianiortencio@uol.com.br)

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Folclore é o conjunto das criações culturais de uma comunidade, baseado nas suas tradições expressas individual ou coletivamente, representativo de sua identidade social. Constituem-se fatores de identificação da manifestação folclórica: aceitação coletiva, tradicionalidade, dinamicidade, funcionalidade. Ressaltamos que entendemos folclore e cultura popular como equivalentes, em sintonia com o que preconiza a UNESCO.

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